Consumo é indicado para quem pratica esportes, mas abuso pode dificultar gravidez
Do r7
Ao chegarem às prateleiras de farmácias e supermercados ficaram mais populares, mas também passaram a ser confundidos com outros tipos de reposição alimentar – o que pode ser perigoso, segundo os especialistas consultados pelo R7.
Emagrece mesmo?
Segundo Antonio Herbert Lancha Júnior, professor da Escola de Educação Física e esporte da Universidade de São Paulo, não existe, comprovadamente, um suplemento que tenha provocado a redução da gordura corporal.
- Esse tipo de medicamento promove maior tolerância no esforço físico durante uma atividade física, ou seja, quanto mais você tem disposição para treinar, mais massa você perde. Mas esse tipo de suplemento só deve ser vendido com prescrição médica.
Para você entender a diferença de cada um e saber como usá-los de maneira responsável, sem prejudicar a saúde, veja as diferenças de cada um abaixo.
Quero ser forte!
A categoria mais atraente dos suplementos ainda é aquela usada para ganhar massa muscular. No entanto, segundo o endocrinologista Wilmar Accursio, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento, poucos deles realmente são responsáveis por isso.
- O uso dos suplementos é indicado para pessoas que têm um consumo de proteína abaixo do recomendado e que, fazendo o uso adequado, conseguem ganhar volume. Caso o uso seja abusivo, o medicamento não faz efeito.
A creatina, bastante conhecida entre os praticantes de academia, tem praticamente as mesmas características dos suplementos para ganhar massa.
- A substância é usada para aumentar a disposição na hora de fazer um exercício físico, fazendo com que a pessoa tenha mais condicionamento e treine por mais tempo. Ela é composta de dois aminoácidos (glicina e arginina), que são produzidos em nossas células. Mas ela possui alguns efeitos colaterais, como retenção de líquidos, que pode levar a um erro na interpretação do peso.
De acordo com o endocrinologista, a substância ajuda também no aumento do desempenho e funciona como transportador de energia para o corpo. Mas, para pessoas que têm uma alimentação balanceada e que não praticam esportes de alto rendimento, seu uso não traz benefícios.
Foto : Forum Da Saúde
- A sobrecarga da substância pode trazer até riscos, como problemas renais e hepáticos.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) defende que ela seja usada apenas por atletas, nunca por pessoas que não pratiquem atividade física de alta intensidade.
De acordo com a agência, para suprir as necessidades nutricionais de quem pratica atividades físicas como forma de lazer, estética ou promoção da saúde, uma dieta saudável e balanceada é suficiente.
Consumo melhora TPM, mas dificulta gravidez
As mulheres também podem fazer o uso de suplementos alimentares, mas, segundo o professor Lancha, deve haver cuidado.
- As mulheres precisam saber que o consumo dessas substâncias podem alterar o ciclo menstrual, e, com isso, acabar alterando a ovulação e dificultando a gravidez.
No entanto, dentre os suplementos alimentares indicados para elas, existem alguns que ajudam a diminuir os sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual).
Um deles é o ácido gamalinoleico, que é obtido pela ingestão de óleos vegetais, como o de prímula, da semente de cassis ou de cânhamo, e necessário para o bom funcionamento do organismo. Ele desempenha um papel importante na regulação da síntese de prostaglandinas (hormônios responsáveis pela transmissão da dor, inclusive da TPM). E o melhor: não possui efeitos colaterais.
A vitamina B6, encontrada nas cenouras e em bananas, é vendida em cápsulas e também ajuda a amenizar os sintomas da TPM. Isso porque ela estimula a produção dos hormônios dopamina e serotonina, que causam bem-estar. Seu uso não traz efeitos colaterais, segundo Wilmar Accursio.
E mesmo os suplementos à base de magnésio e ácido fólico são indicados às mulheres, já que também ativam a produção de serotonina que, na época da TPM, está abaixo do normal.
Fonte : Lucineide Medeiros
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