sexta-feira, 29 de junho de 2012

Proposta de cura revela que sociedade ainda vê homossexualidade como doença



Descrente de que o Congresso Nacional aprove projeto de decreto legislativo que, entre outras coisas, permitiria que psicólogos tratassem homossexualismo como doença, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) promete continuar punindo, com base no Código de Ética da categoria, profissionais que recomendarem tratamentos terapêuticos com o objetivo de reverter a orientação sexual de seus pacientes.

“O conselho tem agido com rigor para enquadrar os profissionais que pregam a cura da homossexualidade, levando para seus consultórios, como um atrativo, o sofrimento psíquico daqueles que não tem seus direitos respeitados”, afirmou nesta quinta-feira (28), a vice-presidenta do órgão, Clara Goldman.

Para Goldman, o Projeto de Decreto Legislativo nº234/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), além de inconstitucional, é produto do pensamento homofóbico que persiste em parcelas da sociedade brasileira.

“A proposta de curar só existe porque a sociedade ainda vê a homossexualidade como uma doença, disseminando o preconceito em relação aos homossexuais. Quando a sociedade entender o direito humano à livre orientação sexual, estas supostas terapias não terão mais sentido”, disse Clara logo após se reunir, em Brasília, com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O projeto de Campos, que já vem sendo chamado de Projeto da Cura Gay, propõe a suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999.


Da Agência Brasil

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